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A primeira etapa dos testes em humanos com a fosfoetanolamina, conhecida como “pílula do câncer”, foi concluída depois de dois meses sem efeitos colaterais, como se pretendia nessa fase inicial. Os pesquisadores, no entanto, não têm ainda elementos suficientes para concluir se os pacientes tiveram melhora em seu quadro clínico, segundo O GLOBO apurou.
A pílula foi testada em dez pessoas durante dois meses, no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp). Ela serviu para determinar a segurança da dose. Em caso de efeitos adversos, a pesquisa não seguiria em frente. Os dados desta primeira etapa serão anunciados nesta quarta-feira.
A substância deverá agora ser avaliada em mais 200 pacientes na próxima semana. Serão 10 tipos de câncer diferentes, totalizando 21 pessoas com cada tipo da doença. Elas receberão três comprimidos da fosfoetanolamina por dia, durante seis meses.
Segundo informações, algumas pessoas não vão seguir para a segunda fase porque tiveram seu quadro agravado, mas não por causa da substância.
Na data em que o teste com humanos em São Paulo foi anunciado, no fim de julho, o vice-presidente do Icesp, Paulo Hoff, explicou que os pacientes escolhidos já estavam cadastrados para fazer tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS), e que não seriam incluídas pessoas em fase terminal da doença nem que estivessem fazendo tratamento com quimioterapia, para que o sistema imunológico estivesse intacto.
A substância é produzida no laboratório PDT Pharma, pela equipe do professor de Química aposentado Gilberto Chierice, da USP de São Carlos, inventor da fórmula. Depois ela é encaminhada para a Fundação para o Remédio Popular (Furp), ligada à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, responsável por encapsular a fosfo. Nos últimos dias, a PDT Pharma entregou 36 quilos da substância, quantidade suficiente para 70 mil cápsulas.
Campos 24 Horas
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