Foto: Divulgação
Familiares de policiais militares do Rio decidiram criar uma associação representativa para pleitear direitos da categoria, que não pode fazer greve. A entidade será formada por esposas e demais parentes de PMs que participaram do movimento realizado em fevereiro, na porta dos batalhões. A previsão é de que já esteja formada em, no máximo, um mês e meio.
Uma comissão composta por dez mulheres está se articulando para a formação jurídica da associação. O grupo, inclusive, vem tentando agir politicamente para impedir a punição de oito policiais militares, apontados como organizadores dos protestos.
– Vamos criar a entidade para continuar na mesa de negociação com o governo e fazer a articulação política pelos militares que, além de não poderem entrar em greve, sofrem retaliações quando fazem uma reivindicação mínima – afirmou uma das integrantes da comissão, Ana Silva, 55 anos, que é servidora federal.
Nesta quarta-feira (15) o grupo esteve na Alerj, onde buscou ajuda de parlamentares para a interferência contra as punições a policiais. As mulheres também conseguiram se reunir no início da noite com o líder do governo, Edson Albertassi (PMDB), pedindo uma interlocução com o Executivo para tratar dessa questão.
À espera de solução –
O grupo de familiares afirmou que Albertassi ouviu as reivindicações e que ficou de dar um posicionamento do governo. “A reunião foi boa. Colocamos que queríamos priorizar a questão das punições. O deputado disse que falará com o governo e que nesta sexta (17) poderá nos dar um retorno sobre isso”, afirmou Maria.
Em busca de anistia –
O grupo diz ainda que conversou com deputados de várias legendas, como Flávio Bolsonaro (PSC), Paulo Melo (PMDB), Marcelo Freixo e Paulo Ramos (ambos do Psol) e outros. “Foi conversada a possibilidade da Alerj criar projeto de anistia administrativa aos PMs, como ocorreu com os bombeiros em 2012. E se precisar vamos ao Congresso”, conta a integrante.
Cobrança de vistoria –
Familiares dos militares afirmam que as condições de trabalho são péssimas e que a associação cobrará vistoria do Legislativo, do MP-RJ e outros órgãos nos batalhões. “Queremos que o regulamento seja respeitado. As condições são insalubres e carga horária ultrapassa as horas estipuladas em alguns casos”, diz outra integrante.
Campos 24 Horas
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