Brant
(à direita) ao lado de Edmundo, um de seus apoiadores. Foto: Divulgação
A Justiça do Rio de Janeiro anulou os polêmicos votos da “Urna 7” utilizada nas últimas eleições para a presidência do Clube de Regatas Vasco da Gama. A decisão desta quinta-feira (16), em caráter liminar assinada pela juíza Maria Cecília Pinto Gonçalves, anula os 475 votos da urna e declara Júlio Brant o novo presidente do Vasco.
Nesta “Urna 7”, a diferença de votos entre Eurico Miranda, atual presidente que disputava a reeleição, e seu opositor Júlio Brant era superior a 450 votos. Todos os votos depositados nesta urna estavam sob-análise, devido ao alto número de adesão de sócios entre novembro e dezembro de 2015. Os filiados neste período, no entanto, nunca assinaram ou pagaram qualquer taxa de sociedade com o clube. Com os votos “sob júdice”, Eurico foi reeleito com 2.111 votos.
A Justiça do Rio de Janeiro ainda determinou que o Vasco da Gama retifique a ata das eleições, já com o novo resultado e vitória da chapa Sempre Vasco, de Júlio Brant. Além disso, a juíza exigiu que o clube convoque as eleições do Conselho Deliberativo e fixou multa de R$ 50 mil caso a ordem não seja cumprida.
ENTENDA
Houve uma suspeita no elevado número de adesões de sócios entre novembro e dezembro de 2015, último período onde se conseguia obter o título mais barato com direto a voto. A Justiça, então, determinou que a urna 7 fosse separada das outras para posterior análise. Nesta, Eurico teve mais de 90% dos votos. Desconsiderando-a, Julio Brant foi o vencedor do pleito.
Durante os dias que se sucederam ao pleito, uma série de denúncias por parte da imprensa e dos próprios sócios evidenciou irregularidades no cadastro e na adesão destas pessoas. O Vasco afirma ter procedido com lisura na eleição. A Justiça, por sua vez, cobra o comprovante de pagamento dos envolvidos.
A Tribuna
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