O diretor de Pesquisa, Extensão e Inovação do Campus Bom Jesus, Daniel Coelho, e os profissionais moçambicanos
Despedidas não são fáceis. A boa convivência, as trocas de experiências e os momentos colecionados durante as seis semanas de atividades nos campi do IFFluminense resultaram em grandes aprendizados e recordações, mas também em uma saudade que começou antes mesmo da partida – Luís, Melito, Xavier e Nilton, os quatro moçambicanos que abraçaram e foram abraçados pela comunidade acadêmica dos Campi Bom Jesus e Avançado Cambuci, concluíram a etapa de capacitação no estado fluminense e seguiram, no último sábado, 28 de outubro, para o Campus Itapina do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes). Mais seis semanas, divididas entre Itapina e Santa Tereza, e logo estarão novamente em Moçambique para aplicarem e compartilharem tudo o que receberam no Brasil.
Produção vegetal, animal, mecanização agrícola, análises de solo e água, sistemas de produção, atividades de laboratório, tecnologias da informação aplicadas à educação, visitas técnicas e muita “mão na massa” fizeram parte do itinerário dos visitantes. Desenvolver habilidades e aprender a prática do que já conheciam em teoria foram os principais objetivos da vinda ao Brasil e isso não faltou enquanto estiveram no IFF. “As aulas práticas foram excelentes, com professores de alta capacidade e técnicos capacitados. Esse contato foi um incentivo tão forte para mim e acredito que todos nós recebemos esse calor enorme com muita vontade de trabalhar”, conta o engenheiro Luís Nhameleque. Retornando a Moçambique, os quatro atuarão como educadores em instituições de ensino técnico, promovendo também trabalhos de extensão com agricultores locais.
Cambuci – O Campus Avançado Cambuci recebeu o grupo durante duas semanas. Neste período, além das aulas práticas previstas dentro do Instituto, eles visitaram uma unidade de produção orgânica da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro; uma fazenda agroecológica da Embrapa; grutas e cachoeiras de Cambuci e a Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), onde aprenderam sobre produção vegetal. Extração e classificação de nematoides foi uma das atividades desempenhadas na Uenf e a que mais chamou a atenção de Nilton Eugénio Mário. “Observar elementos que não dá para ver a olho nu, fazer a classificação, identificar se o nematoide era fêmea ou macho, foi muito bom”. Ele conta que, devido à sua formação – voltada para irrigação e drenagem – ainda não havia tido a oportunidade de trabalhar com microscópios, o que deixou a atividade ainda mais interessante.
Como bons estrangeiros, não poderiam deixar o turismo de lado. Conheceram pontos turísticos do Rio de Janeiro, como o Cristo Redentor e o Museu do Amanhã, viram o mar de Copacabana e cachoeiras em Cambuci. Até os passeios, contudo, foram educativos: também em Cambuci, eles caminharam até uma gruta, onde aprenderam sobre formação geológica e se encantaram com a paisagem. “Parecia uma casa, com cômodos muito bem decorados. Era lindo”, brinca Xavier.
Ascom
Blog do Jailton da Penha JDP
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