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sexta-feira, 1 de junho de 2018

ASA BRANCA: ENTRE A GLÓRIA E OS SONHOS PERDIDOS


O Clube de Malha sediado na Praça Dr. Cid Bastos Borges, no Conjunto Habitacional Jorge Assis de Oliveira, é o orgulho dos moradores do bairro, conhecido como Asa Branca.
Fundada no dia 22 de março de 1994, a agremiação ostenta 10 títulos nas disputas organizadas pela LEMVI (Liga Esportiva de Malhas do Vale do Itabapoana), 5 deles obtidos nas últimas competições.
Foi Juarez Dutra Chaves quem idealizou o clube: "Eu via nosso atletas disputando partidas em outras locais e pensei: nosso jogadores têm que disputar competições aqui. Estive com o presidente da Associação dos Moradores que, na época, era o Andinho, e ele assumiu a causa. Foi assim que conseguimos trazer a raia para o Asa Branca".
O presidente do clube, Sílvio da Silva Rangel, está confiante em mais um título neste ano. Segundo ele, "frequentam nossa agremiação cerca de 40 atletas. Estabelecemos uma cantina e a alugamos, para termos condições de manter o clube. Além disso, sempre promovemos churrasco para angariar recursos para cobrir as despesas com as viagens que fazemos para as disputas em outros locais. A diretoria tem como membros Marcos Ferreira Benedito (vice-presidente) e Ivan Pereira (tesoureiro). Conversamos com o prefeito Roberto Tatu e ele atendeu nosso pedido, mandando pintar a malha, que está em plenas condições de sediar as partidas do campeonato. Aqui é o point da comunidade."
A respeito das dificuldades do bairro, Sílvio esclarece: "nossa comunidade surgiu em abril de 1986, a partir de uma invasão. De lá para cá, obtivemos algumas melhorias importantes como o calçamento e iluminação. Ocorre que, neste longo período, faltou o investimento em políticas públicas, em área de lazer para os jovens, em oficinas que capacitassem nossa juventude para o mercado de trabalho. O resultado é que, hoje, com tristeza, vemos nossas crianças se perderem no mundo das drogas".
O Norte Fluminense entrevistou, depois, um morador residente nas imediações da Escola Municipal Olívio Bastos, que pediu para não ser identificado. Segundo ele, "há anos, a secretaria municipal de educação não consegue resolver o problema do alagamento que ocorre nas salas de aula quando chove. É cruel a situação", salientou.

O Norte Fluminense

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