Eventos com mais de 100 pessoas também vão seguir proibidos para evitar aglomeração
“Com certeza eventos não serão flexibilizados. Certamente, escolas também não. Outras atividades teremos de analisar a partir de quarta-feira da semana que vem”.
Foi essa a resposta do governador Renato Casagrande ao ser questionado por jornalistas sobre um possível afrouxamento no isolamento social que seu decreto, que termina no dia 4 de abril, determinou aos capixabas.
Para conter a pandemia do novo coronavírus, Casagrande estabeleceu a suspensão das aulas nas escolas estaduais, com antecipação das férias de julho. Na mesma toada, escolas particulares e faculdades – incluindo Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) – também estão de portas fechadas.
Os cultos e missas só podem receber até 50 pessoas. Shoppings, cinemas, museus e boates estão fechados. Só estão permitidas aglomerações de até 100 pessoas – desde que o espaço que as receba comporte três vezes essa quantidade. Shows estão proibidos.
Casagrande ponderou que a flexibilização do decreto – isto é, menor isolamento social –, vai depender do número de pessoas que insistirem em ir às ruas.
“É lógico que, repito, o número de pessoas na rua pode atrapalhar isso. Pode aumentar o contágio. por isso não podemos anunciar decisão agora. Mas o meu desejo é que a gente flexibilize atividades econômicas”, adiantou.
E emendou: “As pessoas, por um bom tempo, não voltarão à normalidade – mesmo que as atividades econômicas estejam normais, mesmo que comércio esteja aberto. Nossa vida não voltará ao que era por um tempo se a gente quiser, de fato, controlar esse vírus”.
Casagrande voltou a salientar que, antes do fim do decreto, não haverá outras mudanças de afrouxamento. “Precisamos de esforço maior na reta final, não entregar o jogo ao adversário. Esse sacrifício pode buscar o controle do contágio no Espírito Santo”.
Em relação ao isolamento vertical – em que apenas idosos e pessoas do grupo de risco ficam isolados –, sugerido pelo presidente Jair Bolsonaro, o governador disse que só será uma opção “quando controlarmos o contágio”.
“Neste momento, o isolamento é fundamental para controlar a disseminação do vírus. Quanto mais gente circular, mais contágio”.
A Tribuna
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