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O governo federal anunciou no início da tarde desta sexta-feira a abertura de uma linha de crédito emergencial de R$ 40 bilhões para pequenas e médias empresas financiarem folha de salários. As empresas que aderirem ao programa não poderão demitir funcionários por dois meses. Empresas contempladas pelo programa são as de faturamento anual entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões.
A taxa de juros será de 3,75% ao ano. Haverá seis meses de carência para o início do pagamento e 36 meses para quitar a dívida.
O programa destinará R$ 40 bilhões para financiar o pagamento de salários por dois meses, R$ 20 bilhões por mês. O objetivo é atingir 1,4 milhão de empresas e 2,2 milhões de pessoas.
O programa é limitado a dois salários mínimos e, mesmo quem ganha acima disso, receberá no máximo esse valor. Se, por exemplo, o salário do empregado é de um salário mínimo (R$ 1.045), ele continuará ganhando o mesmo valor. Caso ele receba três salários mínimos (R$ 3.135), porém, ele vai ganhar dois salários mínimos (R$ 2.090) nesses dois meses.
O programa foi formulado pelo Banco Central, pelo Ministério da Economia e pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Os presidentes do BC, Roberto Campos Neto, da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, concederam entrevista coletiva para anunciar o programa.
A maior parte do recurso será disponibilizado pelo Tesouro Nacional (R$ 17 bilhões por mês), e o restante (15%) será complementado pelo setor bancário. O BNDES repassará o montante para os bancos privados. O Banco Central vai monitorar a operação.
O presidente Jair Bolsonaro fez pronunciamento na manhã desta sexta-feira, no Palácio do Planalto, sobre medidas adotadas pelo governo federal para reduzir os efeitos do novo coronavírus (covid-19) no país.
Na quinta-feira, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou auxílio emergencial por três meses, no valor de R$ 600, destinado aos trabalhadores autônomos, informais e sem renda fixa durante a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus. A matéria segue para análise do Senado e depois vai à apreciação do presidente Jair Bolsonaro.
De acordo com a última atualização do Ministério da Saúde, divulgada nesta quinta-feira, o país registra 2.915 casos confirmados de covid-19 e 77 mortes causadas pela doença. A taxa de letalidade é de 2,7%.
O Dia
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