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terça-feira, 24 de março de 2020

NORTE E NOROESTE FLUMINENSE MONITORAM 125 CASOS SUSPEITOS DE CORONAVÍRUS

Cidades do Norte e Noroeste Fluminense registraram, na manhã desta segunda-feira (23), 125 casos suspeitos do novo coronavírus (Covid-19). Até o início da noite desse domingo (22), eram 117 notificações suspeitas. O maior número de casos se concentra no município de Itaperuna: 43. Abaixo de Itaperuna, aparece o município de Macaé, que apresentou, no final da manhã, mais um caso suspeito da doença chegando a 29 notificações. Em Campos, a prefeitura também anunciou o primeiro caso de coronavírus confirmado no município. Trata-se de um paciente, de 37 anos, que contraiu o vírus no estado de São Paulo. Autoridades de saúde investigam ainda outros 14 pacientes com suspeita da doença. Destes, cinco estão internados, em estado grave, em unidades particulares e públicas de saúde.

Por meio de nota, a Prefeitura de Itaperuna informou que, dos 43 casos suspeitos, seis pacientes “foram eletivos para a realização do exame e aguardam resultado”. Todas as pessoas com suspeita da doença permanecem em isolamento domiciliar e estão sendo monitorados pela secretaria de Saúde do município. “Pedimos mais uma vez: se possível, fique em casa. Essa luta é de todos nós”, alertou o poder público.
Abaixo de Itaperuna, aparece o município de Macaé, com 29 suspeitas da doença, seguido por Campos (14), Bom Jesus do Itabapoana (7), São Fidélis (6), São João da Barra (4), São Francisco de Itabapoana (3, sendo um óbito em investigação), Santo Antônio de Pádua (4), Miracema (4), Porciúncula (3), Varre-Sai (2), Miracema (2), Itaocara (2), Conceição de Macabu (1) e Cambuci (1).
Vínculo epidemiológico — Em Macaé, o Centro de Triagem do Doente por Coronavírus do município realizou, até as 11h desta segunda-feira (23), 116 atendimentos, com um caso suspeito colocado em isolamento domiciliar por 14 dias. Até o momento, não há nenhuma confirmação de paciente com coronavírus no município. O local recebeu, nesta manhã, ação de higienização, assim como o Hospital Público Municipal (HPM), com limpeza e desinfecção das áreas.
No domingo (22), quatro pessoas também foram colocadas em isolamento domiciliar por apresentarem vínculo epidemiológico em Macaé. De acordo com a Prefeitura, “por vínculo epidemiológico, define-se paciente que tenha tido contato com uma ou mais pessoas que têm/tiveram a doença ou tenha sido exposto a uma fonte pontual de infecção devido ao ambiente de trabalho ou atividade profissional”. Estes casos, por ora, não configuram como suspeitos. Já no sábado (21), segundo boletim municipal, outras 12 pessoas foram colocadas em isolamento domiciliar, pelo mesmo período de tempo, também por apresentarem vínculo epidemiológico.
Barreiras sanitárias — Tanto em Macaé quanto em Quissamã — que não tem casos suspeitos do coronavírus — estão sendo realizadas barreiras sanitárias nos acessos aos municípios. O objetivo é reforçar a disseminação do vírus nas áreas.
Em Macaé, a ação foi iniciada nas primeiras horas desta segunda-feira (23). Participam da barreira equipes de agentes da Vigilância Sanitária, da Secretaria Municipal de Saúde; guardas da Secretaria Municipal de Ordem Pública e do Grupo de Apoio Operacional (GAOP) e agentes de trânsito, da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana. As abordagens acontecem no Parque de Tubos, Cabiúnas, RJ 168, no aeroporto e na rodoviária.
São verificados sintomas como tosse, coriza ou dificuldade para respirar, além de medição de temperatura e questionamentos quanto à movimentação/circulação/contatos nos últimos 14 dias. “Cada pessoa que vier de outras cidades, que passe por Cabiúnas, Parque de Tubos e pela RJ 168, vai passar pelas barreiras. É para dizer para as pessoas que Macaé está parada. Nada vai funcionar”, afirmou o prefeito Dr. Aluizio.
Já em Quissamã, as barreiras foram iniciadas na última sexta-feira (20), com ampliação no sábado (21). A ação ocorre na entrada da cidade, na saída de Dores de Macabu e em Barra do Furado. Além disso, a Prefeitura criou o Disque Saúde 192. As equipes da secretária municipal de Saúde vão até a residência do paciente que esteja sintomático respiratório e prestam o atendimento necessário.
Atividades portuárias em SJB - A assessoria de comunicação da Prumo Logística, empresa responsável pelas obras do Porto do Açu, em São João da Barra (SJB) informou, por meio de nota, que "dentre as medidas implementadas para reduzir os riscos de proliferação do vírus estão a adoção do sistema de trabalho em casa (home office) para a maior parte dos colaboradores, redução do efetivo que atua no Porto ao mínimo essencial para continuidade das operações com total segurança, além da introdução de regimes de revezamento entre os funcionários que desempenham seus trabalhos presencialmente. As empresas que operam na área portuária participam de reuniões diárias para instrução, orientação e alinhamento das medidas preventivas".
A nota ressaltou ainda que "a manutenção da atividade portuária é essencial para garantir a circulação de produtos e insumos no país. Apesar da restrição da circulação de pessoas, estradas e portos precisam continuar operando para cumprirem suas funções sociais e econômicas".
Operários do consórcio Térmica do Açu, responsável pela construção da termelétrica Gás Natural Açu, no Porto, entraram de férias coletivas a partir desta segunda-feira (23). Na última terça-feira (17), a assessoria de imprensa do consórcio informou que a dispensa ocorrerá pelos próximos três dias e casos específicos de atividades essenciais, excetuados da medida, seriam alinhados pelos líderes com suas equipes. A medida foi adotada devido ao crescimento de casos de coronavírus.
De acordo com a nota, os três dias de ausência, entre quarta e sexta-feira, serão abonadas sem prejuízo aos colaboradores. "A decisão foi tomada após prévio alinhamento com a GNA. O consórcio espera com isso estar colaborando no combate ao coronavírus e atendendo aos anseios da comunidade de São João da Barra e arredores”.
As assessorias não informaram o número de trabalhadores e empresas atingidas pelas medidas que têm o objetivo de evitar a disseminação do novo coronavírus.

Folha1

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