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quinta-feira, 16 de julho de 2015

DOWNHILL BUSCA ESPAÇO EM SÃO JOSÉ DO CALÇADO

A MODALIDADE DE MOUNTAIN BIKE É PRATICADA EM MEIO A UM EUCALIPTAL E QUALQUER VACILO PODE PROVOCAR UMA COLISÃO A 70 KM POR HORA
O “Downhill Eucaliptal”, realizado em meio a uma plantação de eucalipto, busca espaço e notoriedade em São José do Calçado, na região do Caparaó. O Mountain bike downhill (DH) é um gênero de mountain bike praticado em terreno íngreme, áspero que muitas vezes apresenta saltos, gotas, jardins de pedras, trilha enlameada, caminho escorregadio e traiçoeiro e outros obstáculos nada macios.
Em São José do Calçado, Acsom Silva Barbosa, de 20 anos, visto como a grande promessa do Downhill, adverte que a pratica do esporte, requer muita técnica, capacidade de concentração em descidas, com saltos, pisos irregulares e elevada velocidade, chegando até 70 km/h. Nasci no município, ele pegou paixão pelo downhill em 2009, incentivado pelos amigos praticantes e também pelas competições transmitidas pela TV. E mesmo com o esporte de duas rodas ter lhe custado braços e clavículas quebradas, nunca desanimou, pois acredita que a adrenalina de passar rente aos eucaliptos e árvores, tem o mesmo sentimento de um piloto de F-Indy ao passar “rasgando rente aos muros”, afirma.
O garoto que trabalha em uma panificadora em Bom Jesus do Itabapoana, no Estado do Rio de Janeiro, revela que participou de várias competições fora e dentro do estado. E não é um esporte barato. A maioria dos equipamentos de segurança e bikes são importados e têm um alto custo no mercado nacional. As bikes, conhecidas como Full Suspension, custam a partir de R$ 5 mil até R$ 30 mil. Acson orienta que os equipamentos obrigatórios para a prática do downhill são capacete, óculos especifico, joelheira, tênis adequado, protetor cervical e outros.
Uma bike pode custar até R$ 30 mil
“O downhill é um esporte meio desconhecido no município. Não é enxergado com os mesmos olhos do futebol. Falta estrutura, pistas, apoio de colaboradores. A modalidade é mais uma curiosidade do que uma paixão popular brasileira. Todo trabalho ainda é pouco. Há muito que crescer. Por não ser um esporte olímpico, não é tão valorizado como as outras vertentes do ciclismo. Embora ainda em crescimento, muitas crianças e meninas estão começando a gostar do downhill”, afirma Acsom. Para competir, ele depende da ajuda dos pais, porque, infelizmente, a falta de patrocínio e apoio o impede de sair para competir fora do município.
Segundo Acsom, o esporte sobre duas rodas e sem motor requer muito equilíbrio mental e físico, exigindo muito dos músculos dos braços, pernas, abdômen e costas, uma vez que dominar a bike nos pulos e em alta velocidade é fundamental, pois se trata de um esporte perigoso, com alto índice de quedas e que, mesmo protegido com um capacete fechado e outros aparatos, as consequências de um acidente podem ser graves e fatais.

AQUIES/Sérgio Oliveira

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