A greve por tempo indeterminado do Instituto Federal Fluminense (IFF), em sete cidades do Norte e Noroeste Fluminense, entrou nesta quinta-feira (16), no quarto dia. De acordo com o presidente do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasef) em Campos dos Goytacazes, Paulo César Pereira, cerca de 13 mil alunos estão sem aulas e 1.500 profissionais cruzaram os braços. No próximo dia 21 de julho, a categoria deve se reunir com o Governo Federal, que fará propostas para que os funcionários voltem ao trabalho.
Os profissionais estão pedindo a criação de um plano de cargos e salários, e a reposição da inflação de 2010 até 2015. Paulo César destacou que, em cinco anos os servidores acumularam uma defasagem salarial de 27,3%. Ainda de acordo com ele, só para a educação, o governo cortou R$ 9,5 bilhões. Isso estaria refletindo não só no salário do servidor, mas na qualidade do ensino. Os servidores defendem o aumento de 10% do produto interno bruto que já foi aprovado e hoje está em 4%.
Além das duas unidades de Campos, que estão entre as maiores do estado e juntas recebem mais de três mil alunos, estão em greve o IFF de Bom Jesus do Itabapoana, Quissamã, São João da Barra, Santo Antônio de Pádua, Cambuci, que se encontra em recesso e com indicativo de greve) e Macaé, no Norte e Noroeste Fluminense, e Cabo Frio e Maricá, na Região dos Lagos.
Em nota, o Ministério da Educação (MEC) disse que está aberto ao diálogo. Nas reuniões, o MEC se comprometeu a acompanhar as negociações junto ao Ministério do Planejamento, que é o responsável pela negociação salarial, e a criar um grupo de trabalho para debater questões conceituais da carreira. Porém, o órgão não falou sobre reposição de aulas e das possíveis propostas que serão feitas no próximo dia 21.
Com informações do G1
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