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A suspeita de fraude bilionária no Bolsa-Família deve obrigar as prefeituras em todo o país a avaliarem os cadastros de benefícios com indícios de irregularidades.
A investigação administrativa, que deve ser conduzida por fiscais da área social dos municípios, será utilizada para embasar inquéritos criminais contra possíveis corruptores do programa de transferência de renda.
Aqueles que forem excluídos do Bolsa-Família devido a evidências de irregularidades, além de devolverem o dinheiro recebido indevidamente, responderão por estelionato, segundo o procurador da República, Ercias Rodrigues de Souza.
Na mira das apurações estão pessoas que receberam mais de 1,4 milhão de benefícios de forma ilegal entre 2013 e 2014, causando prejuízo de R$ 2,5 bilhões aos cofres públicos.
No Espírito Santo, segundo levantamento do grupo de Trabalho do Bolsa-Família do Ministério Público Federal (MPF), foram mais de 26.905 pagamentos, num total de R$ 55 milhões, feitos a pessoas que apresentaram declarações de renda com sinais de falsificação, conforme antecipou o site Gazeta Online, na noite da última quarta-feira.
O procurador explica que para encontrar as inconsistências, o MPF em Brasília cruzou o banco de dados do projeto social com informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), do Tribunal de Contas da União (TCU), da Receita Federal e da Junta Comercial dos Estados.
A Procuradoria-Geral da República deu ao Ministério do Desenvolvimento Social e de Combate à Fome um prazo de 30 dias, após a entrega das análises, para que apresente uma solução.
A Gazeta
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