Proposta ainda não foi formalizada, mas vereadores admitem intenção de reajuste
Em plena crise financeira, baixos salários e desemprego em alta, os 23 vereadores da Serra poderão aumentar os próprios salários para R$ 15.193,34 a partir de 2017. O valor é 64,9% maior do que os R$ 9.208,33 que os edis recebem atualmente.
A legislação municipal determina que sejam fixados os subsídios para a próxima legislatura antes das eleições. Vereadores confirmaram ontem que já existem conversas sobre o que farão com os salários.
Os vereadores interpretam a Lei Orgânica como um texto que obriga o vereador da Serra a ganhar entre 40% e 60% do salário de um deputado estadual, hoje fixado em R$ 25,3 mil.
No teto, o subsídio chegaria aos R$ 15,1 mil. Com os 40%, a R$ 10.128,90 – ou seja, um reajuste de 10% sobre o ganho atual.
“Essa matéria ainda não está pronta. O que tem é um papo de bastidor. Não tem entendimento. Se tiver o projeto de aumento, sou contra, até pelo momento do país”, disse o vereador Auredir Pimentel (Rede).
Apesar da Lei Orgânica, o vereador Alexandre Xambinho (Rede) acredita caber a interpretação de que o salário não precisa ser aumentado. “Tivemos uma reunião entre os vereadores no plenário. Entrou essa questão do aumento. Podemos aumentar ou fixar o mesmo valor. Não é hora de pensar em aumentar. Temos que manter”, comentou.
Já o vereador Tio Paulinho (PV) pensa diferente. Para ele, os edis precisam ter salários maiores porque “são funcionários públicos”. Ele defende que o reajuste dos vereadores seja atrelado ao dos demais servidores e concedido anualmente.
“Somos funcionários do povo. Todo mundo tem um reajuste, nem que seja de 1%, 5%. O aumento que dão para o servidor teriam que dar para o vereador, que também é funcionário público”, disse.
Segundo ele, o debate para permitir o reajuste atrelado ao dos funcionários está sendo conduzido pela presidente da Câmara, Neidia Maura (PSD). Ela nega.
“Precisa ser votado antes das eleições, mas ainda não debatemos. Sabemos o que o município, o Brasil e o Estado estão passando. Não sou a favor (do aumento)”, disse.
Fonte: A Gazeta
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