Universidade agoniza e já desce mais dois degraus no ranking
O sonho de seguidas gerações de Campos, de ter uma universidade pública virou pesadelo. A Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) por conta da crise já desceu dois degraus no ranking das melhores escolas de cursos superior do país. E o que é pior: pode fechar por falta de verba de custeio.
Sem repasse regular desde de outubro do ano passado, a Uenf vem acumulando dívidas com seus fornecedores. Nem mesmo a Tocha Olímpica é capaz de iluminar o fim do túnel. O reitor, professor Luiz Passoni tem se desdobrado para inverter essa situação.
Conta que na Assembleia Legislativa deputados aprovaram expediente que obriga a destinação de verbas para a Uenf e a Uerj para o custeio mensal, mas que nada passou ainda pela caneta do governador em exercício. A Uenf em Campos está tendo uma sobrevida graças a improvisos e a colaboração do corpo docente e de funcionários.
Ainda é possível discar para a Uenf e alguém atender do outro lado da linha. Isso porque a concessionária de telefonia deu crédito a instituição. O mesmo fizeram as concessionárias de energia elétrica e a de água e esgoto. Caso contrário a Uenf estaria muda, sem luz e com sede.
Com a situação fiscal do estado desarranjada, a universidade sente esses reflexos na sua performance. Era a universidade estadual mais bem ranqueada do Rio e a terceira estadual do país. A nível nacional estavam em 11ª lugar. Mas tropeçou e desceu dois degraus e pode rolar ladeira abaixo.
Obviamente a Uenf não vai fechar em definitivo, mas parece inevitável o fechamento para balanço diante do terremoto das finanças do Estado do Rio de Janeiro. E isso está muito perto de acontecer, se algo não for feito urgentemente. Ela só consegue resistir até setembro deste ano.
Jornal Terceira Via
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