Foto: EBC.
Levantamento
feito pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e pelo TCU (Tribunal de Contas da
União) encontrou indícios de irregularidade em doações que totalizam cerca de
R$ 266 milhões. Entre os volumes mais expressivos colocados sob suspeita estão
os de doações de pessoas com indícios de falta de capacidade econômica (R$
168,3 milhões), doações feitas por sócios de empresas que receberam recursos
públicos (R$ 66,2 milhões) e doações feitas por grupos (R$ 14,2 milhões), como
o caso de 114 funcionários de uma mesma prefeitura que doaram R$ 230 mil para
diretório municipal de um partido.
O TSE também identificou doações
em que houve cessão temporária de veículos por doador que não é proprietário do
veículo - foram 3.028 casos desse tipo, que totalizam R$ 7,1 milhões. No caso
de beneficiários do Bolsa Família, o grupo de trabalho que fez um pente fino
nas doações encontrou indícios de irregularidades envolvendo 4.630 pessoas
atendidas pelo programa - inclusive um beneficiário que doou R$ 67 mil para uma
campanha.
O grupo de trabalho também identificou uma produtora de filme com
apenas dois funcionários que foi contratada no valor de R$ 100 mil. O caso se
enquadra em uma situação de empresas com indícios de falta de capacidade. Ao
todo, foram encontrados 241 casos desse tipo, que representam um valor de R$ 2
milhões do total de R$ 266 milhões sob suspeita de irregularidade.
Técnicos encontraram indícios de irregularidades em um de cada três
doadores, a partir do cruzamento de informações prestadas pelas campanhas dos
candidatos e o banco de dados do governo federal, como o Sisob (Sistema de
Controle de Óbitos) e o Cadastro Único.
A
nova legislação eleitoral não permite mais a possibilidade de doações de
empresas para campanhas eleitorais. No caso das pessoas físicas, a doação é
limitada a 10% dos rendimentos brutos conforme declaração do imposto de renda
do doador referente ao ano anterior à eleição.
R7
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