Foto: Divulgação
Após cinco rodadas de negociações e sem consenso entre
bancários e banqueiros, a paralisação completa 21 dias e nesta
segunda-feira (26) ainda tem mais uma rodada de negociações.
Pode se tornar a mais longa dos últimos anos, superando a de
2013, quando os trabalhadores do sistema cruzaram os braços por 24 dias,
segundo contabilizou o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região,
ligado à Central Única dos Trabalhadores (CUT).
O sindicato
estima a participação de 60 mil trabalhadores. No total, 16 centros
administrativos e 780 agências foram fechadas sexta. Apesar do eventual
recorde, os bancos, conforme fontes, tendem a não oferecer um reajuste maior do
que o concedido em 2015.
No ano
passado, a categoria reivindicou 16%, mas o reajuste ficou em 10%, com correção
de 14% no vale-refeição e alimentação.
Neste ano, a
diferença está ainda maior. Os bancos oferecem 7% (o que leva a 2,39% de perda
salarial) e um abono de R$ 3,3 mil. Os bancários pedem o dobro, aumento de
14,78% (ganho real de 5%, considerando a inflação).
A
contraproposta, porém, foi rejeitada e nas duas últimas reuniões realizadas,
nos dias 13 e 15 de setembro, não houve mudanças.
Negociações difíceis
“Claramente,
os bancos estão mais duros este ano e a diferença entre os pedidos é alta. O
sindicato vai ter de ceder, mas a categoria vai testar ao máximo”, avalia um
analista que acompanha o setor bancário.
Do lado dos
bancos, não há a expectativa de que o acordo salarial eleve os custos. Na
avaliação de um executivo do segmento, ainda que o aumento fique acima do
orçado pelas instituições, será possível compensar com corte de custos, o que
inclui até corte de funcionários.
Os bancos têm
sido rigorosas no controle de gastos. O Bradesco revisou para baixo a sua
projeção de despesas operacionais – de 4,5% a 8,5% passou para o intervalo de
4% a 8%.
O Itaú
Unibanco também refez seus cálculos. As despesas não decorrentes de juros da
instituição devem crescer de 2,0% a 5,0% em 2016.
Campos 24 Horas.
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