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quarta-feira, 12 de outubro de 2016

INELEGÍVEIS, EX-PREFEITOS FAZEM MULHERES PREFEITAS

Eduardo Cordeiro, um dos ex-prefeitos que conseguiram eleger a mulher prefeita
Eduardo Cordeiro um dos ex-prefeitos que conseguiram eleger a mulher-Divulgação

As eleições municipais deste ano no Estado do Rio reservaram um papel especial para algumas mulheres que se elegeram prefeitas em seus municípios. Elas substituíram seus maridos, que por estarem inelegíveis, ficaram de fora da disputa, mas continuam a controlar indiretamente as prefeituras de suas cidades, através das esposas.
Em Carapebus, o ex-prefeito Eduardo Cordeiro (PP), que enfrenta problemas na Justiça, lançou à última hora sua mulher como candidata, a servidora pública estadual Christiane Cordeiro (PP), eleita prefeita.
“Ele estava com as certidões nas mãos, dando-lhe a garantia de que sua candidatura poderia ser lançada, mas preferiu não arriscar diante de eventuais problemas”, disse o jornalista Nilo Muniz, um dos coordenadores da campanha da futura prefeita.
Em Saquarema, na Região dos Lagos, o ex-prefeito Antônio Peres Alves (PTN), também na mesma situação, escalou também a esposa Manoela Peres (PTN) para disputar a prefeitura, sendo vitoriosa na disputa.
Manoela destronou o deputado estadual Paulo Mello (PMDB), cacique da política local, derrotando o seu candidato e afilhado político Hamilton Nunes (PMDB), o Pitico, apoiado também pela atual prefeita Franciane Motta, mulher de Mello.
A prefeita eleita teve 23.600 votos, 52,20% do total apurado e Pitico obteve 20.037. Manuela foi anunciada como postulante ao cargo de prefeito há menos de um mês, quando o partido resolveu substituir seu marido por conta de problemas judiciais.
Inelegível até 2020, condenado por improbidade administrativa, o ex-prefeito de Araruama, Francisco Carlos Fernandes Ribeiro (PDT), o Chiquinho da Educação (PDT), teve cinco contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), além de inúmeras multas. No entanto, nada disso o desencorajou a lançar sua mulher Livia Soares Belo da Silva, a Lívia de Chiquinho (PDT), emprestando-lhe também o próprio nome.
Em 2012, Chiquinho lançou o irmão João Carlos como candidato, mas amargou um terceiro lugar nas eleições.

Campos 24 Horas


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