Consumada a aprovação da PEC da Reeleição na Assembleia Legislativa, a expectativa dos meios políticos seria pelas costuras para um quarto mandato do atual presidente Theodorico Ferraço (DEM), mas o pós-PEC não parece tão simples. Nem bem a proposta foi aprovada em segundo turno, já começou a especulação sobre a instabilidade de Ferraço na disputa pela presidência da Casa.
Um ponto-chave para essa discussão é a possibilidade de o secretário de Assistência Social, o deputado afastado Rodrigo Coelho (PDT), retornar à Assembleia para disputar o cargo com Ferraço. A diferença é que o pedetista vem para o embate com o atual presidente da Casa com a benção do Palácio Anchieta.
O interesse do governador Paulo Hartung (PMDB) seria o de o atual presidente não permanecer à frente da Mesa Diretora, sobretudo durante o processo eleitoral de 2018. Isso porque no grupo do governador não haveria mais espaço para o filho do presidente da Assembleia, o senador Ricardo Ferraço (PSDB), disputar a reeleição ao Senado.
A movimentação ganhou mais força depois do resultado do primeiro turno das eleições deste ano, já que o deputado saiu fragilizado com as derrotas de seus aliados em Cachoeiro de Itapemirim, Itapemirim, Marataízes e Piúma. O Palácio estaria aguardando ainda a eleição em Vila Velha, já que uma eventual vitória de Max Filho (PSDB) proporcionaria uma cadeira de suplente na Câmara dos Deputados à mulher de Ferraço, Norma Ayub (DEM), que saiu derrotada da disputa à prefeitura de Itapemirim.
Mas se isso não acontecer, o deputado não terá qualquer trunfo além da própria presidência da Assembleia para negociar com o governador. Embora Rodrigo Coelho não seja a preferência dos deputados, a tendência é de que os parlamentares votem em quem o governo indicar.
Século Diário
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