Foto: Filipe Lemos Campos 24 Horas/Divulgação
A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, FIRJAN, reuniu, na manhã desta terça-feira(06) prefeitos eleitos de seis municípios do Norte Fluminense. A pauta do encontro foi o cenário econômico do estado e da região e desenvolvimento regional. Estiveram presentes Rafael Diniz, prefeito eleito de Campos, Aluízio Junior, prefeito eleito de Macaé, Francimara Barbosa, prefeita eleita de São Francisco de Itabapoana, Fátima Pacheco, prefeita eleita de Quissamã, Christiane Cordeiro, prefeita eleita de Carapebus e Gilson Nunes, prefeito eleito de Cardoso Moreira.
O Gerente de Estudos Econômicos da FIRJAN, Guilherme Mercês apresentou um panorama sobre a situação econômica do país e do estado. Segundo ele, o cenário ainda é de grande recessão, mas a perspectiva de queda nos juros realizada pelo Banco central pode dar certo fôlego às empresas e alívio ao mercado em 2017, mesmo assim, a recuperação da economia ainda será um processo lento. O economista demonstrou grande preocupação com o crescimento da dívida pública, que pode chegar a 92% em 2020.
Mercês destacou a importância dos estados e municípios promoverem cortes de gastos, principalmente com pessoal, para evitar que o endividamento inviabilize o funcionamento da máquina pública e os serviços prestados à população. “O estado precisa se tornar mais eficientes, sem cobrar mais impostos e isso só é possível fazendo os ajustes necessários”, destacou.
Guilherme Mercês também demonstrou preocupação com a suspensão da política incentivos fiscais no estado. Uma pesquisa inédita do Sistema FIRJAN com quase 200 indústrias fluminenses revelou que, no caso da suspensão da política de incentivos fiscais, nove entre dez empresas entrevistadas planejam fazer demissões e que mais da metade encerraria as atividades no estado.
Fátima Pacheco – “Vamos ter que fazer uma avaliação no nosso município para saber o que foi feito com tantos milhões. A população não tem mais tolerância de esperar. Nós temos um potencial agrícola, temos o mar, comércio, que é o segundo maior empregador da cidade e o Complexo de Barra do Furado.
Vamos precisar potencializar a questão de investimentos, geração de renda, que é a demanda maior. O desemprego em Quissamã tem levantado um número gigantesco na violência. Antigamente todo mundo com seu dinheiro, vivia em seu território. Sabemos que nosso Estado e o país vivem a maior crise já vista, mas a articulação do Governo Federal com as cidades da região são instrumentos fundamentais para fazer a nossa gestão. O momento é de compromisso com a população. Vamos buscar parcerias com empresas privadas para tocar o projeto do Complexo de Barra do Furado.Vamos trazer recursos de fora para investir na nossa educação. A cidade terá um bom desenvolvimento”.
Ascom/Campos 24 Horas
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