A casa onde morava o lavrador Edimar Aparecido da Silva, 26 anos, preso pelo assassinato e ocultação do corpo de Andriele Aparecida Ambrozino Lemos, 18 anos, foi incendiada durante a noite de segunda-feira. O local está isolado pela Polícia Civil desde sexta-feira, quando ele foi preso.
A Polícia Militar foi acionada por volta das 20h15. Ao chegar no local os policiais constataram que a casa tinha sido destruída pelo fogo. O delegado responsável pelo caso, José Maria Martins Simão foi informado sobre o incêndio a casa do suspeito. Mas, foi o delegado de plantão de Jerônimo Monteiro, que acionou o Corpo de Bombeiros para apagar as chamas dentro da residência.
“Estamos apurando quem incendiou, se foi população revoltada ou se alguém com o intuito de encobrir possíveis provas. Tudo será analisado e investigado”, comentou o delegado.
A perícia que estava marcada para ontem foi mantida. Como os policiais já tinham colhido alguns objetos e roupas de cama, os peritos conseguiram usar o luminol, que detectou vestígios de sangue na colcha que estava na cama de Edimar e em um cortinado de berço de bebê.
As amostras coletadas serão encaminhadas para o Laboratório de Toxicologia da Polícia Civil, em Vitória, para saber se é sangue humano. Se der positivo, o sangue será comparado com o da vítima. O laudo será entregue à polícia nos próximos dias.
Laudo do SML fica pronto
Ontem pela manhã, o delegado José Maria Martins Simões recebeu o laudo do Serviço Médico Legal (SML) de Cachoeiro de Itapemirim, que era aguardado para o andamento das investigações. Segundo o laudo, Andriele não estava grávida e não foi possível saber se foi ou não violentada, já que o corpo foi encontrado em adiantado estado de decomposição.
Ainda, de acordo com o laudo, o braço de Andriele tinha marcas de defesa. A polícia acredita que ela tenha colocado os braços para proteger a cabeça durante as agressões. As lesões foram na cabeça e no braço. A causa da morte, como já tinha sido divulgada, foi traumatismo craniano e foi provocada por um objeto contundente.
Agora, a Polícia Civil aguarda o laudo da perícia. Novos depoimentos serão colhidos nos próximos dias, entre eles, a ex-esposa de Edimar e o próprio suspeito. “Vamos ouvi-los novamente, agora já com os laudos em mãos e vamos confrontar as informações”, disse o delegado.
Mesmo preso, Edimar continua negando participação no crime. Ele foi preso na tarde de sexta-feira, depois que a Justiça do município decretou a prisão preventiva do lavrador por homicídio e ocultação de cadáver. Segundo o delegado, o depoimento da ex-esposa do suspeito foi fundamental nas investigações. A motivação do crime ainda é um mistério para a Polícia Civil.
Andriele desapareceu na tarde do dia 13 de maio, quando saiu de casa para ir até a residência de Edimar receber uma divida de R$ 10,00 da venda de um perfume. Seu corpo foi encontrado em uma cova rasa na tarde de sábado, a 300 metros da casa do suspeito, na localidade de Córrego de Piedade. O caso chocou os moradores da pacata Divino de São Lourenço.
AQUIES/Alissandra Mendes
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