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quinta-feira, 9 de junho de 2016

CLÍNICA DE REABILITAÇÃO EM PEDRA LISA FECHADA POR FALTA DE PAGAMENTO


Após pouco mais de três anos funcionando, o Serviço de Proteção Social para Pessoas com Dependência Química – Clínica de Reabilitação Geremias de Mattos Fontes, situado na localidade de Pedra Lisa, no distrito de Morro do Coco, região norte de Campos, foi desativado em abril último. A informação é de ex-funcionários terceirizados da clínica, que estariam desde novembro do ano passado sem receber, já que a Prefeitura não teria repassado a verba para a contratada Comunidade S8 – uma Organização Não Governamental (Ong) de Nova Iguaçu (RJ).

O último atendimento, a princípio, teria sido realizado no dia 21 abril, data em que rescindiu o contrato da ONG com o poder público. À época, como a Prefeitura não havia pagado os atrasados, o contrato não pôde ser renovado, os funcionários tiveram de ser dispensados e a clínica foi desativada. 
Como se não bastasse à falta de pagamento, a poucas semanas de fechar, os funcionários e pacientes tiveram de conviver às escuras, já que a luz e outros serviços essenciais foram cortados também por falta de pagamento.
“A clínica foi fechada e até hoje nada foi resolvido em relação aos funcionários que estão com a vida parada (não deram baixa na carteira) aguardando uma resposta da Prefeitura de Campos. Nem o 13° salário foi pago. Além disso, o nosso Fundo de Garantia (FGTS) não foi todo depositado. A gente só os vê fazendo reuniões e mais reuniões, mas o dinheiro mesmo que é bom nada”, lamentou um dos funcionários.
Outro que também lamentou a situação foi um técnico de enfermagem que trabalhava na clínica desde sua inauguração, em julho de 2012. “A Prefeitura até agora não depositou os atrasados. Toda vez é a mesma coisa, diz que vai fazer e não faz. Nós paramos no dia 07 de abril, após emitirmos um ofício para a Secretaria de Saúde explicando nossa situação, que ficou caótica não dando mais para sustentar”.
O Serviço de Proteção Social para Pessoas com Dependência Química leitos destinados à internação compulsória, atendia os dependentes de substâncias psicoativas lícitas e ilícitas a partir dos 18 anos, que desejavam ser internados voluntariamente. As portas de entrada eram o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Droga Dr. Ari Viana (Caps AD) e o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas). 
Uma equipe multidisciplinar, composta por médico, psicólogo, assistente social, professor de educação física, enfermeiro, pedagogo e terapeuta, faziam o atendimento na Clínica. Em média, os pacientes ficavam internados por 45 dias, recebendo tratamento psicoterápico e, quando necessário, tratamento medicamentoso. Após este período, eles retornavam para o Caps AD, onde continuavam sendo acompanhados por profissionais especializados.
O Site Ururau procurou a Secretaria de Saúde para que a mesma se posicionasse quanto ao não repasse da verba e também procurou a ONG para saber de que forma era o contrato com o poder público, mas ninguém se posicionou até a publicação dessa matéria.

Fonte Ururau

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