São 14 mandados de prisão. Até o momento, 12 já foram cumpridos
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e a Coordenadoria de Segurança e Inteligência do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) realizam operação, na manhã desta quinta-feira (09/06), para cumprir mandados de prisão contra 14 pessoas condenadas pela juíza Daniela Barbosa Assumpção de Souza no caso de exploração sexual de crianças e adolescentes no processo conhecido como “Meninas de Guarus”. Até agora 12 prisões foram efetuadas. O empresário Gustavo Peçanha e Dovany Salvador estão foragidos.
Entre os condenados está o ex-vereador e ex-deputado Nelson Nahim Matheus de Oliveira; o também ex-vereador Marcus Alexandre dos Santos Ferreira; Leilson Rocha da Silva, mais conhecido como “Alex”; o policial militar Ronaldo de Souza Santos; e o empresário Renato Pinheiro Duarte, entre outros.
De acordo com a denúncia, os réus mantinham e exploravam crianças e adolescentes, entre 8 e 17 anos de idade, em uma casa situada em Guarus, distrito de Campos, para fins de prostituição e exploração sexual. O lugar era mantido com as portas e janelas trancadas, com correntes e cadeados, sempre sob vigília armada. As vítimas eram obrigadas a consumir drogas, como cocaína, haxixe, crack, ecstasy e maconha, sem que pudessem oferecer resistência.
Os acusados foram condenados pelos crimes de quadrilha armada, estupro de vulnerável, exploração sexual de crianças e adolescentes entre outros. A maior pena aplicada foi de 31 anos para os condenados Leilson Rocha e Ronaldo Santos, sendo aplicada pena de 12 ao condenado Nelson Nahim. Os ex-vereadores Thiago Machado Calil e Fabricio Trindade Calil, foram condenados a 25 anos e 8 meses. Fabio Lopes da Cruz, Dovany Salvador Lopes da Silva, Gustavo Ribeiro Poubaix Monteiro, Robson Silva de Barros Costa, condenados a 8 anos de reclusão. Marcos Alexandre dos Santos Ferreira, ex-vereador, 7 anos. Cleber Rocha da Silva, 6 anos e 6 meses, Jayme Cesar de Siqueira, também 6 anos e Sergio Crespo Gimenes Junior, 1 ano e 6 meses.
Na operação o GAECO contou com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência do MPRJ que inaugurou sua Sala de Situação destinada ao monitoramento dos cumprimentos de mandados de prisão e de busca e apreensão, com acompanhamento on line das diligências, permitindo à Coordenação controlar o trabalho de todas os agentes em campo, determinar deslocamento de equipe de apoio, tomar e transmitir decisões em tempo real, acompanhando o resultado e desdobramentos das operações.
Foto: Filipe Lemos/Campos 24 Horas
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