Apesar de vencer licitação, Spassu Tecnologia não teve contrato assinado.
SindipetroNF, no RJ, diz que vai pedir esclarecimentos em reunião nesta 5ª.
Mil e cinquenta trabalhadores que prestavam serviços para a Petrobras em Macaé, no interior do Rio, foram demitidos nesta quinta-feira (3). Pela manhã, quem chegou para trabalhar sabia que seria o último dia, já que os funcionários foram comunicados na quarta-feira (2) de que o contrato entre a estatal e a Spassu Tecnologia, prestadora de serviços vencedora de um processo de licitação para vínculo de três anos, não foi assinado.
Segundo nota oficial enviada pela Spassu Tecnologia, os trabalhadores atuavam, há dois meses, através de contrato emergencial. A medida foi adotada para evitar a dispensa dos trabalhadores enquanto o contrato por três anos não era fechado com a Petrobras.
"Como não há previsão para assiná-lo (o contrato), a Spassu não tem como manter os 1.050 funcionários trabalhando e se vê obrigada a demiti-los. A empresa informa que vai cumprir todas as obrigações trabalhistas", disse a nota.
A empresa capixaba vencedora do processo que reuniu pouco mais de 30 empresas oferecia a mão de obra para funções na Petrobras, desde operação em plataformas, passando por planejamento, revestimento e cimentação de poços de petróleo, e logística.
Por nota, o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (SindipetroNF) disse que terá uma reunião com a Petrobras nesta quinta-feira (3) e cobrará posicionamento oficial sobre a não assinatura do contrato.
"Entendemos que mais de mil trabalhadores não podem ir para a rua, sem ao menos saber o porque. São pessoas que exercem suas atividades há muito tempo para a companhia", disse o diretor do SindipetroNF, Marcelo Abrahão.
A Petrobras informou, por meio de nota enviada às 14h, que "por expiração de prazo, foi encerrado o contrato de prestação de serviços com a empresa Spassu Tecnologia e Serviços S.A, que atendia a demanda de apoio às áreas administrativas da região da Bacia de Campos". A estatal não se pronunciou quanto ao novo contrato.
Do G1 Região dos Lagos
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