Foto: Filipe Lemos/Campos 24 Horas
Em entrevista coletiva nesta segunda-feira(21), o reitor da Universidade Estadual Fluminense (Uenf), Luis Passoni, reafirmou que a universidade vive uma situação dramática e pode fechar. Em função das dificuldades financeiras, pode ficar sem água e luz. As dívidas, segundo ele, chegam a R$ 11 milhões. O corte de R$ 19 milhões do orçamento da instituição pelo governo estadual — de R$ 172 milhões para R$ 153 milhões este ano — afetou diretamente os pagamentos de contas, sobretudo de energia, água, e telefone.
Passoni afirma que “se cortarem a água e a luz, a Uenf fecha as portas”. Apesar da greve, enfatiza Passoni, muitas atividades ainda são realizadas na universidade, como os Centros de Pesquisas. “As pesquisas poderão ser perdidas, caso a universidade realmente seja fechada”, frisa Passoni, que ainda informa que as dívidas, somente com Ampla, são de R$ 2 milhões. Com Águas do Paraíba, chegam a R$ 400 mil.
Outro problema, é que as bolsas estudantis de todas as modalidades estão em atraso há dois meses. “Isso prejudica diretamente a manutenção dos estudantes na universidade e os projetos estão paralisados. Os novos terão que ser indefinidamente adiados. Nenhum estudo de extensão está sendo pago. Os alunos carentes e os cotistas encontram dificuldades se as bolsas forem pagas com atraso”, comentou.
A Uenf é considerada a 11ª melhor do Brasil e a primeira do Estado do Rio, segundo estudo recente do Ministério da Educação, a Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf).
Professor sem material
O professor Marcos Pedlowski diz que as bolsas são a fonte de renda única para muitos estudantes, que dependem do pagamento regular para permanecerem nas cidades de Campos e Macaé, onde os programas de pós-graduação da Uenf são oferecidos. Nos últimos dias, o movimento estudantil protestou pelo pagamento de bolsas atrasadas. “Os alunos não incendiaram o bandejão porque ele é mantido com dinheiro do MEC”, disse.
Segundo ele, só com despesas de salários e bolsas acadêmicas, a Uenf gasta R$ 120 milhões. “Soma-se luz, água, telefone, insumos para os quatro centros de pesquisa, funcionários terceirizados de limpeza e segurança. A conta não fecha. Houve uma perda de R$ 19 milhões. É muita coisa.”
O professor contou que teve que tirar dinheiro do seu projeto para pagar os testes para os alunos. “O papel almaço das provas que aplico quem compra sou eu. A tinta para impressão também. Antigamente, eu pedia material para o almoxarifado da universidade, agora não tem mais”, destacou.
De acordo com o diretor do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Braullio Fontes, apesar desse panorama, os estudantes continuam a tocar os programas. “Mesmo sem o pagamento, os alunos estão mantendo os projetos. Eu, por exemplo, não recebi a bolsa de janeiro e nem de fevereiro, mas continuo o meu curso de extensão em Filosofia”, observou.
Fabiano Venâncio/Campos 24 Horas
Passoni afirma que “se cortarem a água e a luz, a Uenf fecha as portas”. Apesar da greve, enfatiza Passoni, muitas atividades ainda são realizadas na universidade, como os Centros de Pesquisas. “As pesquisas poderão ser perdidas, caso a universidade realmente seja fechada”, frisa Passoni, que ainda informa que as dívidas, somente com Ampla, são de R$ 2 milhões. Com Águas do Paraíba, chegam a R$ 400 mil.
Outro problema, é que as bolsas estudantis de todas as modalidades estão em atraso há dois meses. “Isso prejudica diretamente a manutenção dos estudantes na universidade e os projetos estão paralisados. Os novos terão que ser indefinidamente adiados. Nenhum estudo de extensão está sendo pago. Os alunos carentes e os cotistas encontram dificuldades se as bolsas forem pagas com atraso”, comentou.
A Uenf é considerada a 11ª melhor do Brasil e a primeira do Estado do Rio, segundo estudo recente do Ministério da Educação, a Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf).
Professor sem material
O professor Marcos Pedlowski diz que as bolsas são a fonte de renda única para muitos estudantes, que dependem do pagamento regular para permanecerem nas cidades de Campos e Macaé, onde os programas de pós-graduação da Uenf são oferecidos. Nos últimos dias, o movimento estudantil protestou pelo pagamento de bolsas atrasadas. “Os alunos não incendiaram o bandejão porque ele é mantido com dinheiro do MEC”, disse.
Segundo ele, só com despesas de salários e bolsas acadêmicas, a Uenf gasta R$ 120 milhões. “Soma-se luz, água, telefone, insumos para os quatro centros de pesquisa, funcionários terceirizados de limpeza e segurança. A conta não fecha. Houve uma perda de R$ 19 milhões. É muita coisa.”
O professor contou que teve que tirar dinheiro do seu projeto para pagar os testes para os alunos. “O papel almaço das provas que aplico quem compra sou eu. A tinta para impressão também. Antigamente, eu pedia material para o almoxarifado da universidade, agora não tem mais”, destacou.
De acordo com o diretor do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Braullio Fontes, apesar desse panorama, os estudantes continuam a tocar os programas. “Mesmo sem o pagamento, os alunos estão mantendo os projetos. Eu, por exemplo, não recebi a bolsa de janeiro e nem de fevereiro, mas continuo o meu curso de extensão em Filosofia”, observou.
Fabiano Venâncio/Campos 24 Horas
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