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sexta-feira, 19 de agosto de 2016

PÍLULA DO CÂNCER TEM EFEITO REDUZIDO, APONTA ESTUDO

câncer
Foto: Divulgação

Um estudo encomendado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) mostra que a fosfoetanolamina,– mais conhecida como pílula do câncer, em doses altas foi capaz de reduzir o tamanho de melanomas em camundongos. O desempenho obtido pelo composto, no entanto, foi inferior ao apresentado pelo quimioterápico ciclosfosfamida, existente no mercado.
Conduzido pelo Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos da Universidade Federal do Ceará (NPDM/UFC), de Fortaleza, o trabalho observou a evolução do melanoma, um tipo agressivo de câncer, em 50 camundongos. Cinco tratamentos distintos foram dispensados para cada grupo de dez animais. O primeiro deles recebeu durante 16 dias doses de fosfoetanolamina equivalentes às de 200 miligramas por quilo.
Outro grupo recebeu uma dosagem equivalente a 500 miligramas por quilo e o terceiro grupo, com doses altas, de 1 mil miligramas por quilo. Ao fim do período, somente o terceiro grupo apresentou uma redução da massa tumoral. Ela foi equivalente a 64%. O desempenho, no entanto, foi inferior ao apresentado pelo grupo de animais submetido a um tratamento com quimioterápico. Para esse grupo, a redução foi de 93%.
Este é o oitavo estudo sobre o composto encomendado pela pasta com resultados considerados pouco animadores – não haveria por que apostar na nova substância se outra existente é mais eficiente. Há dois meses, integrantes do governo que acompanham o resultado dos trabalhos chegaram a sugerir a interrupção das pesquisas, em virtude dos resultados negativos obtidos. Questionado nesta quarta, o MCTIC informou que as pesquisas devem continuar.
De acordo com a pasta, estão em curso pesquisas pré-clínicas e a previsão é de que ainda neste semestre tenha início um estudo com voluntários saudáveis. O objetivo é avaliar a segurança da fosfoetanolamina e o comportamento da droga no organismo humano.

Campos 24 Horas

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