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domingo, 18 de setembro de 2016

CRIMES DISPARAM NA GUERRA PELA ÁGUA DEVIDO À SECA NO ESPIRITO SANTO




Flagrante de bombas captando água de forma irregular
Um dos reflexos da seca que há quase três anos assola fortemente o Espírito Santo tem sido a explosão de crimes ambientais praticados pela falta de água. Desde 2011 o número de delitos disparou de 82 casos para 1.154 em 2015. A situação piorou este ano, chegando a uma média de cinco crimes por dia.
São registros que acabam comprometendo o abastecimento das cidades, provocando danos irreversíveis em áreas de proteção permanente e até resultando em conflitos que vão parar na Justiça.
Os dados, obtidos com exclusividade por A GAZETA, foram realizados pela Polícia Ambiental. Mostram um crescimento acelerado, ano a ano, dos crimes ambientais (Veja quadro ao lado). “O aumento foi drástico. Ninguém estava preparado para uma situação como esta”, observa o tenente Samir Scardini, comandante do 2º Pelotão localizado em Domingos Martins.
Em 68 cidades capixabas foi registrado algum tipo de delito. A liderança fica com Domingos Martins (142), seguido por São Mateus (65), Jaguaré (49) e Colatina (48). O maior volume de problemas está concentrado nas regiões Norte, Noroeste e Região Serrana.
É também onde estão, segundo a lista da Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh), a maioria das 19 cidades capixabas (28 localidades) em situação extremamente crítica. São pontos onde a água é destinada apenas para o consumo humano e animal. Muitas delas já vivendo sob racionamento. 

A Gazeta


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