Foto: O Globo
Um número dá o tom do drama enfrentado pela população que depende dos serviços do estado: R$ 9,3 bilhões. É esse o total da dívida do Rio, considerando-se valores de 2015 que ainda não foram quitados (os chamados restos a pagar) e que somam R$ 3,39 bilhões, além de R$ 5,9 bilhões de despesas deste ano, não quitadas até agosto.
Para se ter uma ideia, só de dívidas, o governo precisa pagar o equivalente a mais de quatro vezes a folha mensal de salários dos servidores do Executivo, que hoje é de R$ 2,05 bilhões — e que tem sido quitada com muitas dificuldades este ano. A quantia é quase o orçamento anual da área de segurança, de R$ 10 bilhões, que é hoje o que mais consome recursos estaduais. O levantamento foi feito pela Comissão de Orçamento da Alerj.
Olhando as dívidas somadas ao final de cada ano, é possível ter uma ideia de que algo progressivamente ia mal. Em 2011, quando o então governador Sérgio Cabral entrava em seu segundo mandato, os restos a pagar chegaram a R$ 2,6 bilhões. O ano seguinte terminou com R$ 2,9 bilhões; 2013, com R$ 4,6 bilhões; 2014, com R$ 3,5 bilhões; e 2015, com R$ 6,3 bilhões (ao longo deste ano, parte foi paga, daí o saldo de R$ 3,39 bilhões).
Todos os dados constam de relatórios de gestão anuais do Tribunal de Contas do Estado. Para especialistas, dificilmente o governo, com péssimas perspectivas de arrecadação (e um déficit calculado em R$ 16 bilhões para este ano), vai conseguir mudar essa situação a curto e a médio prazos.
— Essa é a confirmação de que o estado está quebrado — resume Gilberto Braga, economista e professor de finanças do Ibmec. — O estado normalmente não tem muito o que fazer quando chega a essa situação. O que pode ocorrer é o credor acionar o governo judicialmente. Essa dívida, se confirmada na Justiça, tenderá a ser paga como precatório no futuro. Mas muitos não fazem isso.
PENDÊNCIAS COM FORNECEDORES
A dívida do estado é formada, principalmente, por pendências com fornecedores. Por isso, a precarização de serviços tem sido um dos principais sintomas do agravamento da crise. O Fundo Estadual de Saúde, de onde sai o dinheiro para pagar às organizações sociais que administram Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e hospitais, foi o que fechou 2015 com o valor mais alto de restos a pagar: R$ 1,551 bilhão, quase de um quarto do total devido. Os dados foram tabulados pela Comissão de Tributação da Alerj.
Jornal O Globo/Campos 24 Horas
Para se ter uma ideia, só de dívidas, o governo precisa pagar o equivalente a mais de quatro vezes a folha mensal de salários dos servidores do Executivo, que hoje é de R$ 2,05 bilhões — e que tem sido quitada com muitas dificuldades este ano. A quantia é quase o orçamento anual da área de segurança, de R$ 10 bilhões, que é hoje o que mais consome recursos estaduais. O levantamento foi feito pela Comissão de Orçamento da Alerj.
Olhando as dívidas somadas ao final de cada ano, é possível ter uma ideia de que algo progressivamente ia mal. Em 2011, quando o então governador Sérgio Cabral entrava em seu segundo mandato, os restos a pagar chegaram a R$ 2,6 bilhões. O ano seguinte terminou com R$ 2,9 bilhões; 2013, com R$ 4,6 bilhões; 2014, com R$ 3,5 bilhões; e 2015, com R$ 6,3 bilhões (ao longo deste ano, parte foi paga, daí o saldo de R$ 3,39 bilhões).
Todos os dados constam de relatórios de gestão anuais do Tribunal de Contas do Estado. Para especialistas, dificilmente o governo, com péssimas perspectivas de arrecadação (e um déficit calculado em R$ 16 bilhões para este ano), vai conseguir mudar essa situação a curto e a médio prazos.
— Essa é a confirmação de que o estado está quebrado — resume Gilberto Braga, economista e professor de finanças do Ibmec. — O estado normalmente não tem muito o que fazer quando chega a essa situação. O que pode ocorrer é o credor acionar o governo judicialmente. Essa dívida, se confirmada na Justiça, tenderá a ser paga como precatório no futuro. Mas muitos não fazem isso.
PENDÊNCIAS COM FORNECEDORES
A dívida do estado é formada, principalmente, por pendências com fornecedores. Por isso, a precarização de serviços tem sido um dos principais sintomas do agravamento da crise. O Fundo Estadual de Saúde, de onde sai o dinheiro para pagar às organizações sociais que administram Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e hospitais, foi o que fechou 2015 com o valor mais alto de restos a pagar: R$ 1,551 bilhão, quase de um quarto do total devido. Os dados foram tabulados pela Comissão de Tributação da Alerj.
Jornal O Globo/Campos 24 Horas
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