Foto:Divulgação
A mãe da funcionária do posto disse que agiu sozinha e que a filha não teve participação no crime. "Quando a minha filha chegou, viu que eu estava na sala e falou para eu ir embora, me tirou de lá. Ela deve ter visto as vacinas, mas não falou nada. Coloquei as vacinas em uma sacola de plástico", disse.
A idosa alegou que pegou as vacinas para aplicar em si mesma, porque já faz parte do grupo que não pode ser vacinado por causa da idade. "Eu ia aplicar em mim e em outros idosos conhecidos. Mas depois acabei jogando no lixo, porque eu não sabia aplicar, fiquei com medo de matar alguém. Eu ficou chateada com a situação, porque eu não precisava ter pegado, mas eu peguei", falou.
Helena disse ainda que descartou os reagentes, que havia furtado junto com as ampolas, em um valão. "Ela nos contou que jogou umas ampolas, com um líquido parecido com água, em um valão. Segundo a Secretaria de Saúde, esse líquido é um reagente, e a vacina só funciona se tiver esse reagente na aplicação. Então cada vez mais acreditamos na participação da filha, porque com essa mãe ia saber do reagente? Ela foi orientada", falou o delegado André Landeira.
O FURTO
"Testemunhas contaram que viram uma funcionária do posto abrindo a porta para uma pessoa entrar na sala e saindo em seguida com uma bolsa, uma espécie de bornal, cheio de vacinas", explicou o delegado.
Várias testemunhas foram levadas para a delegacia de Cariacica. Uma delas foi um marceneiro de 35 anos, que pediu para não ser identificado. Ele contou que chegou ao posto às 4 horas para aguardar na fila, e viu quando a mulher entrou na sala de vacinação.
O delegado acredita que as doses furtadas seriam revendidas. "Vacinas assim estão sendo vendidas aí fora por R$ 200 praticamente, então vender 200 doses daria um lucro de uns R$ 40 mil. Acreditamos que elas seriam passadas para outra pessoa para ser revendidas, e nós vamos chegar a essa pessoa", disse.
Gazeta Online
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