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quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

EVASÃO ESTUDANTIL FAZ UENF TRANSFERIR O REINÍCIO DAS AULAS PARA O DIA 06 DE FEVEREIRO


Foto: Ururau
A Reitoria da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) Darcy Ribeiro, em Campos, decidiu transferir o reinício das aulas do segundo semestre de 2016 para o dia 06 de fevereiro deste ano. Segundo o reitor da instituição, Luís Passoni, a medida foi necessária diante da grande evasão de calouros por conta da greve na universidade, iniciada em julho passado. Além disso, a Uenf passa por uma crise sem igual, com salários atrasados (dívida já passa dos R$ 50 milhões, somando bolsas de estudos e salários de pessoal), sem segurança no campus e sem Restaurante Universitário.
“A gente está com uma preocupação porque no primeiro semestre de 2016, por conta de uma greve, que começou em julho, percebemos que a consequência disso foi uma grande evasão de calouros. Agora para 2017, estava se desenhando o mesmo cenário. Então diante dos resultados de 2016, a gente começou a ponderar algumas alternativas para antecipar o começo do primeiro semestre de 2017. Acontece que essa discussão ainda não terminou, porque é bastante complexa. Como compatibilizar a questão da reposição do segundo semestre de 2016, com o início do primeiro semestre de 2017”, esclareceu Passoni.
Na próxima semana, dia 30 e 31 de janeiro, haverá uma reunião de dois colegiados superiores da Universidade: Colegiado Acadêmico (Colac) e o Conselho Universitário (Consuni), para debater sobre a questão do início do primeiro semestre deste ano e deliberar sobre a viabilidade de execução do Calendário Acadêmico em vigor.
Já tivemos algumas reuniões de outros novos colegiados da universidade, em função do encaminhamento dessas discussões, achamos por bem remarcar para uma semana o início do segundo semestre de 2016 [passou de 30 de janeiro para 06 de fevereiro], para que possamos deliberar sobre essa questão do primeiro semestre de 2017 e estabelecer um calendário acadêmico para toda a universidade”, informou o reitor.
Além dessas questões, segundo Passoni, pesou também a preocupação com as condições objetivas do funcionamento da Uenf. “Estamos sem segurança e com os salários atrasados. Sem Restaurante Universitário e com certa precariedade na questão da limpeza. Estamos com apoio da PM e da Guarda Civil Municipal (GCM). Queremos ampliar essa participação da GCM, isso está em discussão e sendo negociado, mas ainda não está fechado”, disse. 

Ururau

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