Relatos ouvidos pelo UOL apontam que as primeiras vítimas do massacre de Alcaçuz, ocorrido no dia 14 de janeiro, eram evangélicas. Um pequeno grupo teria optado por não tentar fugir - eles se ajoelharam com suas bíblias em mãos e fizeram orações.
A atitude não sensibilizou os integrantes do PCC, e eles foram mortos. Por não fazerem parte de nenhuma facção, não foram decapitados ou tiveram partes dos corpos arrancados.
Haveria uma lógica por trás dos ataques: demonstrar forçar para os neutros e assim convencê-los a tomar partido nas próximas disputas. A estratégia, no entanto, não é garantida, uma vez que o Sindicato do RN tem maioria no presídio e no Estado.
"Eles têm que se aliar a quem é aqui do Estado e pode proteger eles", revelou um integrante do Sindicato do RN ao UOL.
O preso diz ainda que não há mais como o Estado controlar Alcaçuz porque não há mais celas ou mesmo portas nos pavilhões.
Livres, os apenados apenas são controlados quando o Batalhão de Choque da PM entra com um veículo blindado. No entanto, a presença dos policiais não é permanente.
Desde 2015, quando uma série de rebeliões ocorreu em todo o Estado, o presídio não tem mais celas em quatro dos cinco pavilhões. Os presos transitam livremente no espaço dentro dos muros, onde agentes e polícia não entram desde então.
Foi naquela época que começou o acirramento da tensão entre as facções pelo controle do presídio que culminou, no dia 14, com o ataque contra o Sindicato do RN e o massacre de 26 presos.
Com informações UOL
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