PASTOR É PRESO POR ABUSO SEXUAL DE FIÉIS, ELE PASSAVA “‘ÓLEO UNGIDO” NO CORPO DAS VÍTIMAS

Ernestino Cândido Filho, de 38 anos, mais conhecido como ‘Lê’, é pastor da Igreja Batista Candeia Acesa. No momento da prisão, o pastor estava em casa, em Vila Velha

O pastor Ernestino Cândido Filho, o Pastor Lê, 38 anos, foi preso na manhã desta sexta-feira (20) acusado de molestar fiéis dentro da igreja criada por ele, em Rio Marinho, Vila Velha. Ele passava óleo ungido no corpo das vítimas com o pretexto de que estaria expulsando demônios. Até agora, três adolescentes e duas mulheres adultas prestaram queixa contra o pastor, mas a polícia acredita existam mais vítimas.

As investigações e a prisão foram realizadas pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). As apurações começaram no último dia 12, quando a polícia recebeu a primeira denúncia.

“A família de uma adolescente procurou a polícia e denunciou o pastor. A menina era abusada desde junho de 2016 e começou a realizar automutilações com lâminas, fato que chamou a atenção dos parentes. Assim que uma outra fiel, de 18 anos, contou para a mãe da menina que sofria abusos cometidos pelo pastor, a mãe ligou aos fatos e conversou com a filha. A vítima, então, contou aos pais o que estava acontecendo”, detalhou o delegado Lorenzo Pazolini, titular da DPCA.

Segundo o delegado, os relatos das testemunhas descrevem que os abusos aconteciam dentro de um cômodo, chamado de ‘gabinete’ pelos frequentadores, localizado na sede da Igreja Batista Candeia Acesa, criada pelo pastor Lê. “Lá, ele dizia realizar uma ‘trabalho de libertação’.

O pastor confirmou para a polícia que realizava os trabalhos de libertação, porém nega que abusava das adolescentes e mulheres. Ele foi encaminhado para a Delegacia de Proteção da Criança e o Adolescente (DPCA) e foi preso por estupro de vulnerável.

O advogado Schuster Andrade, que defende o pastor, disse que o suspeito não tem relação nenhuma com as acusações. “O objetivo é apenas prejudicá-lo. Temos provas robustas disso”, comentou Andrade.

Questionado sobre quais são os motivos das vítimas quererem prejudicar o suspeito, o advogado disse que só dirá em juízo.

A Organização de Apoio as Igreja Batistas do Espírito Santo, que faz parte da organização das Igrejas Batistas do Brasil, disse que a Igreja Batista Candeia Acesa não faz parte da congregação.

Fonte: Gazeta Online