O Radium Hotel foi construído, originalmente, em formato de âncora, em Guarapari (ES), no sul capixaba, para ser uma Escola Naval.
O prédio, contudo, acabou arrendado por uma empresa de turismo e hotéis, devido à privilegiada localização do prédio, na Praia da Areia Preta. Assim, foi inaugurado em 1953, com área para cassino.
Segundo o livro "Guarapari muito mais que um sonho lindo", de Beatriz Vieira Bueno, "as louças do hotel eram de porcelana importada, as baixelas e talheres de prata e as roupas de cama e toalhas de mesa de linho".
De acordo, ainda, com a obra, "Vinha para Guarapari a elite política e social do país para jogar no cassino, cabendo citar o Conde Francisco Matarazzo, Maysa Matarazzo, Assis Chateaubriand, Rubem Braga, o Ministro João Pinheiro, Ibrahim Sued, Carlos Lacerda, Jones dos Santos Neves, Carlos Lindberg, Eurico Resende, Garrincha e turistas vindos da Itália, França, Alemanha, Coréia, Inglaterra, Portugal, Espanha, Estados Unidos e outros países. Por ali passaram Francisco Alves, Ângela Maria, Dirce e Linda Batista, Emilinha Borba, Cauby Peixoto, Grande Otelo, etc." (páginas 91/92).
Com a proibição do jogo, e a não autorização da renovação da concessão com a empresa, por parte do governo, o hotel entrou em decadência contínua. No ano de 2004, o governo do Estado pagou uma dívida trabalhista e preservou o prédio. A SAMARCO Mineradora restaurou, então, o teto, impedindo o desabamento do mesmo.
Desde então, a Associação dos Moradores do Centro (AMOCENTRO) vem lutando para transformar o prédio em um Centro Cultural.
Enquanto isso não ocorre, o pátio do prédio está sendo ocupado por expositores que se organizaram em associação.
O Norte Fluminense
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