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quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

ESTADO ENTREGA VACINAS CONTRA A FEBRE AMARELA ÀS PREFEITURAS


Vacinação em regiões específicas é medida preventiva adotada pelo governo

Nesta terça-feira (24/1), a Secretaria de Saúde deu início à entrega de doses de vacina de febre amarela às prefeituras de todo o estado. No total, serão disponibilizadas 350 mil doses, sendo 250 mil a serem usadas em ação de bloqueio e o restante, no reabastecimento dos estoques dos municípios.
A vacinação será intensificada nas cidades das regiões Noroeste, Norte, Serrana e Centro-Sul e é uma medida preventiva, que visa criar uma região de bloqueio contra o vírus nas divisas com os estados de Minas Gerais e Espírito Santo. De acordo com o secretário de Saúde, Luiz Antônio Teixeira Jr., não há recomendação para a vacinação irrestrita da população em geral, uma vez que não há registros da circulação do vírus no território do estado.
– Alguns receberão a orientação para vacinação da população em geral, obedecendo as indicações do Ministério da Saúde, outras terão regiões específicas para a campanha – disse o secretário.
Com base na avaliação do cenário epidemiológico, a Subsecretaria de Vigilância em Saúde elencou os seguintes municípios para a vacinação: Cantagalo, Carmo, Comendador Levy Gasparian, Bom Jesus do Itabapoana, Laje do Muriaé, Miracema, Natividade, Porciúncula, Santo Antônio de Pádua e Varre-Sai. Além destes, os municípios de Campos dos Goytacazes, São Francisco de Itabapoana, Itaperuna, Sapucaia, Três Rios e Paraíba do Sul terão localidades específicas para a imunização, não sendo recomendada a vacinação de toda a população.
– O público alvo serão os habitantes com idades a partir de 9 meses até 60 anos, residentes nos municípios e localidades definidas pela secretaria para a ação – disse Alexandre Chieppe, subsecretário de Vigilância em Saúde.
Os 16 municípios estão recebendo notas técnicas.
Recomendações
As recomendações referentes às contraindicações específicas para esta vacinação de bloqueio estão sendo passadas aos municípios, não devendo afetar as orientações do Ministério da Saúde para as demais regiões.
Para esta ação específica, são contraindicações: gestantes; nutrizes; pessoas com alergia a algum componente da vacina e alergia a ovos e derivados; pessoas com doença febril aguda, com comprometimento do estado geral de saúde; ou ainda pacientes com doenças que causam alterações no sistema de defesa (nascidas com a pessoa ou adquiridas), assim como terapias imunossupressoras – quimioterapia e doses elevadas de corticosteroides, por exemplo; indivíduos portadores de Lúpus Eritematoso Sistêmico ou com outras doenças autoimunes; pacientes que tenham apresentado doenças neurológicas de natureza desmielinizante (Síndrome de Guillan Barrè, ELA, entre outras) no período de seis semanas após a aplicação de dose anterior da vacina; pacientes transplantados de medula óssea; pacientes com histórico de doença do Timo; pacientes portadores de HIV; e crianças menores de seis meses de idade.
População em geral
Não houve registro de casos autóctones (transmitidos dentro do estado) da doença nas últimas décadas no Rio de Janeiro, que não se configura como uma região endêmica para febre amarela.
Portanto, não há recomendação para a vacinação da população em geral. A orientação é para que as pessoas que planejam viajar para áreas onde há comprovação da circulação do vírus procurem os postos de saúde para se vacinar com, pelo menos, dez dias de antecedência. A vacina está disponível durante todo o ano nos postos e unidades básicas de saúde. Quem já se vacinou pela segunda vez – respeitando o intervalo de 10 anos – não deve se vacinar novamente.
A doença e seus sintomas
Há dois tipos de febre amarela – silvestre e urbana. As duas são causadas pelo mesmo vírus e causam a mesma doença, mas se diferem pelo vetor de transmissão. A urbana é transmitida pelo Aedes aegypti e, de acordo com o Ministério da Saúde, desde os anos 40, o Brasil não registra casos deste tipo da doença. Já a silvestre é transmitida pelos mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabeths, insetos de hábitos estritamente silvestres. A febre amarela silvestre é endêmica em algumas regiões do país, principalmente na região amazônica.
Os sinais e sintomas mais comuns da doença são: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos que duram, em média, três dias. Nas formas mais graves da doença, podem ocorrer icterícia (olhos e pele amarelados), insuficiências hepática e renal, manifestações hemorrágicas e cansaço intenso. Trata-se de uma doença infecciosa febril aguda, transmitida exclusivamente pela picada de mosquitos infectados.

Ascom RJ/Blog do Jailton da Penha JDP

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